TECTONISMO

Tectônica é o ramo da geologia que estuda a movimentação das camadas da crosta terrestre, por efeito das forças do interior da terra (endógenas). Destina-se também a estudar o dinamismo das forças que interferem na movimentação das camadas da crosta terrestre. Na maioria das vezes, como resultado dessas forças, se dá o aparecimento das placas tectônicas, dobras, falhas, fraturas ou lençóis de arrastamento.

A tectônica descreve geometricamente as deformações da crosta terrestre e analisa as diferentes teorias que buscam explicar os seus mecanismos formadores. Vulcanismo e sismologia são áreas do conhecimento intimamente relacionadas com a tectônica.

Vulcão

Vulcão é uma formação geológica que consiste de uma fissura na crosta terrestre, sobre a qual se acumula um cone formado por material vulcânico. Sobre esse cone, está uma espécie de chaminé côncava chamada cratera. O cone forma-se pela deposição de matéria fundida e sólida, que flui ou é expelida através da chaminé a partir do interior da Terra.

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O estudo dos vulcões e dos fenômenos a eles relacionados chama-se vulcanologia

A energia dos vulcões ativos resulta de processos ligados aos movimentos das placas da crosta terrestre. Além disso, os vulcões tendem a situar-se nas fronteiras das placas mais importantes. Alguns vulcões encontram-se em estado de erupção permanente, ao menos no presente geológico, como os da cadeia Cinturão/Círculo de Fogo, que rodeia o oceano Pacífico.

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Cinturão/Circulo de Fogo do Pacífico

Muitos outros vulcões, como o Vesúvio, localizado no golfo de Nápoles, Itália, permanecem em estado de atividade moderada durante períodos mais ou menos longos e depois ficam em repouso, ou adormecidos, durante meses ou anos.

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Vista aérea do Vesúvio

VAMOS ENTENDER MELHOR!!!

Erupções

A erupção vulcânica é um fenômeno da natureza, geralmente associado à expulsão do magma de regiões profundas da Terra na superfície do planeta. As camadas de rochas formadas por erupções magmáticas são chamadas de “derrames”, pois a rocha espalha-se e solidifica-se na superfície do globo.

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Esquema de erupção vulcânica

A lava resfriada gera normalmente um excelente solo para o plantio.

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Terras férteis nos arredores do vulcão Etna, na Itália

Em uma erupção vulcânica, a lava está muito carregada de vapor e outros gases, que escapam da superfície com explosões violentas e sobem formando nuvens turvas. Essas nuvens podem resultar em chuvas torrenciais.

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Erupção do vulcão Puyehue, Chile, em 2011. Nuvem de cinza vulcânica da cidade de San Martin de Los Andes, na Argentina

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Nuvem de cinzas do vulcão Puyehue vista da cidade de Osorno, Chile

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Localização geográfica do vulcão Puyehue

Porções grandes e pequenas de lava são expelidas para o exterior e formam uma fonte ardente de gotas e fragmentos de diferentes tamanhos.

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Policiais andam sobre pedras vulcânicas na cidade de Cardeal Samoré Pass, fronteira entre Chile e Argentina

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Homem mostra pedra vulcânica na cidade de Cardeal Samoré Pass, fronteira entre Chile e Argentina

 O magma sobe pela chaminé e flui convertido em lava, sobre a borda da cratera, como uma massa pastosa, através de uma fissura no cone.

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Erupção do vulcão Puyehue no Chile, no início de junho 2011

VAMOS ENTENDER MELHOR!!!

Tectônica de placas

É a teoria de tectônica global (deformações estruturais geológicas) que se tornou paradigma na geologia moderna, para a compreensão da estrutura, história e dinâmica da crosta terrestre. A teoria baseia-se na observação de que esta camada sólida está dividida em aproximadamente 20 placas semirrígidas. As fronteiras entre estas placas são zonas com atividade tectônica, onde ocorrem mais sismos e erupções vulcânicas.

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Distribuição das placas tectônicas e vulcões ativos

Entre 1908 e 1912, foi proposta pelo geólogo alemão Alfred Lothar Wegener a teoria da deriva continental. Nesta teoria, ele afirma que as placas continentais se rompem, separam-se e chocam-se, criando posteriormente cadeias de montanhas.

Um dos argumentos mais fortes de Wegener para justificar a deriva continental era que as bordas dos continentes têm formas que se encaixam. Para defender sua teoria, mostrou que as formações rochosas de dois lados do oceano Atlântico – no Brasil e na África Ocidental – coincidem em idade, tipo e estrutura.

Além disso, costuma conter fósseis de criaturas terrestres que não poderiam ter nadado de um continente ao outro. Sobre a expansão do fundo do mar, na década de 20, o estudo dos leitos dos mares trouxe evidências de que as dorsais oceânicas são zonas onde se cria a nova crosta oceânica.

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Expansão do fundo do mar

O material chega por correntes de convecção de lava quente, mas esfria e solidifica com rapidez, ao contato com a água. Para dar lugar a esta contínua renovação de crosta, as placas devem separar-se, lenta, porém continuamente. Estes movimentos, impulsionados por correntes de convecção térmicas originadas nas profundezas do manto terrestre, provavelmente teriam gerado, ao longo de milhões de anos, o fenômeno da deriva continental.

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Teoria da deriva continental proposta por Alfred Wegener em 1912

Na década de 30, começaram os estudos sobre o processo de subducção através do qual a crosta oceânica adentra no manto e se funde. No local onde uma placa tectônica oceânica se subpõe à crosta continental, o magma produzido causa erupção nos vulcões situados ao longo de cadeias montanhosas lineares, as cordilheiras.

A zona afetada geralmente situa-se ao longo de uma fossa submarina, a certa distância do continente. Além de criar e alimentar vulcões continentais, a fusão da crosta oceânica subposta é responsável pela formação de alguns tipos de depósitos de minerais metálicos valiosos.

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Morfologia do fundo oceânico