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E aí a nossa Geografia na atualidade?

   Alguns autores começaram a repensar as finalidades da geografia, no sentido de promover a sua renovação metodológica. Assim, surgem correntes de pensamento e paradigmas educativos com a finalidade de tornar o ensino mais significativo e atraente, amarrando a geografia física aos problemas que atingem as comunidades humanas inseridas nos distintos contextos sócio – espaciais. Diante deste contexto o raciocínio geográfico ganha uma novas perspectivas, os questionamentos, hipóteses e análises criticas  são valorizados na construção do conhecimento.

   Os desafios da educação passam a ser o de ajudar os alunos a interrogarem sobre problemas geográficos e que os professores façam da geografia escolar uma verdadeira prática operatória, mediante a aplicação da metodologia construtivista para que os alunos tornem-se atores e autores das suas próprias aprendizagens.

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   Do ponto de vista do método de trabalho, a geografia escolar deve implicar os alunos na sua própria formação, fazendo destes indivíduos progressivamente autônomos e responsáveis. O conhecimento é uma construção pessoal, intimamente dependente da riqueza das experiências vividas pelo indivíduo na sua interação com o meio físico e sociais.

   O papel do professor é o de mediar todo esse processo, procurando sempre utilizar os conhecimentos prévios dos alunos para depois contextualizá-los em conteúdos específicos fazendo um elo de ligação entre teoria e prática. A concepção da aprendizagem como uma prática investigativa do aluno implica que as experiências educativas sejam entendidas como uma parte fundamental da metodologia e, por conseguinte, reflitam as diferentes etapas necessárias à resolução dos problemas sociais no espaço geográfico.

PROF DE GEO

PROFESSOR DE GEOGRAFIA

    A renovação da geografia escolar fez com que educadores renovassem seu método de trabalho deixando de lado a visão de que a criança tinha uma estrutura mental limitada, ou seja, era uma tábula concebendo o professor como única fonte válida de conhecimento, os modelos educativos ancorados neste paradigma limitaram a sua estratégia de ensino à mera transmissão da informação do mestre para o aprendiz. No entanto, estas idéias, embora por questões de inércia ainda comandem as práticas nas nossas escolas, em termos teóricos não são hoje mais sustentáveis.

   Os avanços da psicologia cognitiva e a emergência de novos paradigmas educativos centrados em quem aprendem, possibilitados pela difusão das teorias da aprendizagem significativa, por descoberta, construtivista, mediada, participada e socializadora demonstram que para se ensinar bem não basta uma boa seleção dos conteúdos ou que o professor domine os programas e através da sua autoridade consiga impor a disciplina na sala de aula. É também imprescindível saber como é que os alunos apreendem tais conteúdos e a atitude que manifesta perante a apresentação de novos fatos Na realidade, só na posse destes conhecimentos poderemos agir em conformidade com os problemas reais da aprendizagem e, por conseguinte, delinear as estratégias de ensino mais adequadas à sua resolução.

   As últimas décadas foram marcadas por muitos debates, reflexões, correntes teóricas em torno da Geografia escolar tentando analisar da melhor maneira possível os desafios encontrados por ela.Durante todo esse processo, as perguntas mais freqüentes foram e ainda são: “Como ensinar e que ensinar em geografia? E qual a finalidade da disciplina, ou seja, o seu valor formativo dentro da instituição escolar?

   Toda essa serie de analises críticas sobre os moldes seguidos para o ensino da geografia durante muitos anos, que caracterizou -se durante esse tempo pela prática da diluição da geografia universitária, enciclopédica com conhecimentos organizados em gaveta e ainda despertou interesse limitado sendo considerada como uma ciência menor que as outras.

A corrente Crítica no Brasil

MILTON SANTOS

MILTON SANTOS

BREVE HISTÓRICO DA GEOGRAFIA CRÍTICA NO BRASIL

   O seu aparecimento ocorreu no segundo lustro da década de setenta. Nesta época, a Geografia Crítica iniciou sua influência no âmbito universitário e teve decisiva participação nas disputas verificadas na Associação de Geógrafos Brasileiros-AGB. Acreditamos que o grande gestor da Geografia Crítica foi o momento histórico que compreendeu o início de abertura política, a volta dos exilados políticos e a realização de várias greves de operários, sobretudo no Estado de São Paulo ( o principal pólo industrial do país ), enfim, uma época propícia à contestação .

   Um outro fator importante para compreendermos o vigor da Geografia Crítica, à época, foi a volta do exílio do Prof. Milton Santos. A sua obra Por uma Geografia Nova , combinada ao seu estilo carismático, atraiu para si a atenção da comunidade acadêmica e novos adeptos para a nova corrente de pensamento.Milton Santos nasceu em Brotas de Macaúbas, no estado da Bahia. Seu talento intelectual apareceu precocemente, aos 15 anos passou a lecionar Geografia. Mesmo formado em Direito, Milton Santos não deixou de se interessar pela Geografia, em 1958 concluiu seu doutorado  em Geografia na Universidade de Strasbourg, na França.

   Em 1960, o presidente Jânio Quadros o nomeia para a subchefia do Gabinete Civil. Em função de suas atividades políticas de esquerda, foi perseguido por seus adversários e pelos órgãos de repressão do regime militar. Milton Santos ficou exilado por 13 anos e durante, esse período construiu uma carreira internacional esplêndida.De volta ao Brasil, Milton Santos trabalhou, até 1983, no Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e, em seguida, foi contratado como Professor Titular do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo – USP. Milton Santos foi o principal Precursor da Geografia Crítica do Brasil.

   Introduziu o pensamento geográfico no centro no pensamento social do país, deu visibilidade à Geografia brasileira e a autoestima aos geógrafos. Na produção teórica de Milton Santos, enxergamos uma teoria geográfica do espaço, um conjunto coerente que nos permite ultrapassar a forma e compreender a essência, a estrutura e os processos, as formas-conteúdos. Moraes (1999) afirma que a proposta de Milton Santos é uma das mais amplas e acabadas da Geografia crítica, apesar de também serem abordados nas suas pesquisas alguns aspectos mais específicos.

ESTE BLOG É UMA SINGELA HOMENAGEM A GEOGRAFIA DO BRASIL E SEU EXPOENTE MILTON SANTOS